Parte I – Sobre proponente e co-proponente

  • Proponente

    Nome: Instituto Alana

    Estado: São Paulo

    Região: Sudeste

    Setor: Terceiro Setor

  • Co-proponente

    Nome: COJOVEM - Cooperação da Juventude Amazônida para o Desenvolvimento Sustentável

    Estado: Pará

    Região: Norte

    Setor: Comunidade Científica e Tecnológica

Parte II - Sobre o Workshop

  • Resumo do workshop

    Podem as plataformas digitais servirem ao desenvolvimento sustentável, à preservação ecológica, à biodiversidade e à valorização e desenvolvimento da tecnodiversidade local para garantir um mundo melhor para essa e futuras gerações? O Painel enfrentará a dicotomia entre Tecnologia e Natureza, buscando mapear soluções de inovação digital que têm transformado realidades pelo impulsionamento de ativismo jovem, gestão cidadã de dados e educação crítica digital para a sustentabilidade ecológica.

    OBJETIVOS E CONTEÚDOS DO WORKSHOP

    O Painel será norteado pelo cruzamento das diretrizes sobre direito à educação, à informação e à participação de crianças e adolescentes dispostos nos Comentários Gerais (""CGs"") nº 25 (direitos da criança em relação ao ambiente digital) e nº 26 (direitos das crianças e o meio ambiente, com destaque para alterações climáticas), emitidos pelo Comitê de Direitos das Crianças da ONU. Ao organizar diretrizes e recomendações, os CGs orientam governos, empresas, sociedade civil e o sistema jurídico para atuar na proteção dos direitos das crianças e adolescentes, ajudando a ratificar políticas públicas. Em ambos os CGs, há diretrizes específicas para construção de um ambiente digital que fomente o direito à participação, engajamento, formação e ativismo de crianças e adolescentes, oportunidade para ampliar a luta pela justiça climática. O objetivo geral do painel é cruzar as diretrizes dos CGs e identificar oportunidades para a formação de políticas públicas nacionais baseadas na promoção do uso crítico e empoderador de tecnologias digitais e de governança cidadã de dados, capazes de fomentar a sustentabilidade local, a justiça climática e o ativismo empoderador de crianças e adolescentes. Como objetivos específcos, o painel irá: a) apresentar o cruzamento de diretrizes dos CGs, buscando uma visão integrada de um ecossistema ambiental e digital que fomente direitos de crianças e adolescentes; b) compreender o cenário atual de utilização de plataformas existentes e criação de novas plataformas digitais e práticas de gestão, análise e visualização cidadã de dados que fomentem soluções locais para problemas ambientais, bem como apoiem a formação e o protagonismo de adolescentes e c) mapear, a partir da experiência prática dos painelistas, oportunidades para construção de uma Política Nacional de Educação Digital que fomente o uso crítico de plataformas e de habilidades de desenvolvimento tecnológicos a favor da biodiversidade, da justiça climática e da inovação local.

    RELEVÂNCIA DO TEMA PARA A GOVERNANÇA DA INTERNET

    A implementação da recém promulgada Política Nacional de Educação Digital e da Política Nacional de Educação Climática e Ecológica diz respeito à preparação das gerações do agora para os desafios críticos que já atingem a humanidade do presente. Em um planeta assolado pela tríplice crise planetária (de distúrbio climático, perda de biodiversidade e alta de poluição) e impactado severamente pelas desigualdades de acesso significativo às tecnologias e altos índices de desemprego, trabalhar uma política integrada de educação digital, climática e ecológica vinculada à valorização da tecnodiversidade, da capacitação para as profissões do futuro, da preservação das culturas e identidades locais e das múltiplas infâncias são imperativos para o desenvolvimento pleno do presente e do futuro brasileiros. Um olhar sensível às possibilidades de integração de um olhar sustentável sobre o meio ambiente e o ambiente digital pode impulsionar os Princípios para a Governança e Uso da Internet, como: a) governança democrática e colaborativa; b) universalidade e c) respeito à diversidade cultural e d) a inovação, a partir do diálogo entre dois grandes campos. Em que pesem os desafios particulares, encontrar caminhos em comum diz respeito a integrar um projeto de país que queremos construir - um Brasil tecnológico e inovador, que garanta o desenvolvimento pleno das infâncias e juventudes como prioridade absoluta (Art. 227/CF). Ao reforçar a educação digital crítica como impulsionador de oportunidades para ativismo ambiental e criação de soluções territoriais, o Painel reforça os objetivos educacionais do art. 26 do MCI. Projetos inovadores brasileiros têm impulsionado uma cultura de apropriação tecnológica e de empoderamento de juventudes e povos originários para análise e atuação sobre dados territoriais, criando soluções na Internet que enfrentam a dicotomia entre meio ambiente e ambiente digital e constroem uma visão integrada de um país sustentável, tecnológico e eficiente.

    FORMA DE ADEQUAÇÃO DA METODOLOGIA MULTISSETORIAL PROPOSTA

    Nos primeiros 6 min, a moderação apresentará a) o contexto do workshop; b) uma análise inicial do cruzamento do CG 25 com o CG 26 e c) a estrutura de 3 perguntas temáticas que guiarão 3 blocos de debate: 1) Como construir um cultura que subverta a falsa dicotomia entre Tecnologia e Natureza, pensando nesses campos como aliados para a justiça climática? 2) De que forma um olhar integrado sobre Educação Ambiental e Digital pode auxiliar a consolidação dos objetivos constitucionais da educação (pleno desenvolvimento, preparo para cidadania e qualificação para o trabalho)? e 3) Que estratégias, plataformas, boas práticas e metodologias podem ser usadas para uma educação digital que impulsione o empoderamento crítico e o desenvolvimento sustentável e participativo de crianças e adolescentes? Teremos 3 rodadas, de 20m cada, respondidas por 4 palestrantes com 5 minutos cada um. A 4ª rodada será de engajamento com audiência e durará 20 min. Os minutos finais serão de encerramento.

    FORMAS DE ENGAJAMENTO DA AUDIÊNCIA PRESENCIAL E REMOTA

    O engajamento da audiência será constante, usando as seguintes estratégias: 1) ferramenta digital, como Mentimeter, para gerar nuvens de palavras e outras formas de visualização de dados, perguntas e sentimentos da audiência, que serão introduzidos pela moderação entre falas de painelistas; 2) apresentação de formulário para que a Audiência posso compartilhar boas práticas, projetos e materiais que integrarão a Biblioteca do Painel 3) bloco final específico de debates e perguntas com a Audiência, visando garantir a participação constante e isonômica presencial e remota. A moderação terá papel importante ao sistematizar as manifestações recebidas, sendo porta-voz constante da Audiência e apresentando dados e perguntas entre as respostas dos painelistas. O Painel também será permeado por citações de crianças e adolescentes sobre as temáticas de natureza e digital, coletadas pela organização proponente via consultas públicas.

    RESULTADOS PRETENDIDOS

    1) Sistematização de Diretrizes em comum dos Comentário Gerais nº 25 e nº 26 do Comitê de Direitos das Crianças da ONU, no formato de apresentação, que será introduzido no dia do workshop e integrará o relatório final, fomentando pesquisas que cruzem a pauta de educação digital e em dados para sustentabilidade e resolução de problemas sociais; 2) Mapeamento de metodologias de projetos que realizem o empoderamento digital para justiça climática; 3) Participação de adolescente com experiência de engajamento cívico-político via Internet como painelista do FIB; 4) Disponibilização de Biblioteca Virtual colaborativa, feita por Painelistas e Audiência, com artigos e projetos de inovação educacional que cruzem as temáticas de educação digital, educação em dados e educação para sustentabilidade ecológica; 5) Fomentar maiores encontros entre as temáticas dos campos Digital e Ambiental para criação de um projeto de país integrado pela sustentabilidade e desenvolvimento

    RELAÇÃO COM OS PRÍNCIPIOS DO DECÁLOGO

    Inovação

    TEMAS DO WORKSHOP

    DINC – Crianças e Adolescentes | ISCI – Internet e o Desenvolvimento Sustentável | TEDU – Formação técnica e tecnológica |

    ASPECTOS DE DIVERSIDADE RELEVANTE

    Cor ou raça | Região | Idade ou geração |

    COMO A PROPOSTA INTEGRARÁ OS ASPECTOS DE DIVERSIDADE

    Diversidade de Composição: 1) Diversidade regional, contando com 4 regiões brasileiras (Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste); 2) Representação direta de adolescente ativista enquanto Painelista; 3) Diversidade de raça, contando com 2 membros indígenas de contextos regionais diversos, pessoas pretas, pardas e brancas Diversidade de Conteúdos: 1) Representação indireta de crianças e adolescentes em nível nacional, a partir da apresentação de resultados preliminares de Consulta Nacional feita pela organização proponente; 2) Diversidade de conteúdos a partir de experiências transdisciplinares dos membros, que são de áreas de Engenharia, Gestão Ambiental, Física, Direito e Estudante Secundarista; 3) Cruzamento dos temas de justiça climática e ambiental com desenvolvimento tecnológico, garantindo diversidades de perspectivas para definição de ""Inovação"" e ""Progresso"" e um encontro necessário das temáticas