O Futuro da Cibersegurança Internacional
Parte I – Sobre proponente e co-proponente
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Proponente
Nome: Pedro de Perdigão Lana
Estado: Paraná
Região: Sul
Setor: Comunidade Científica e Tecnológica
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Co-proponente
Nome: Cynthia Picolo
Estado: São Paulo
Região: Sudeste
Setor: Terceiro Setor
Parte II - Sobre o Workshop
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Resumo do workshop
O workshop expõe as questões consideradas mais importantes para os próximos anos pelas painelistas em relação à cibersegurança em nível internacional, passando por temas como a dificuldade de cooperação transnacional em ataques cibernéticos e a recente eleição da União Internacional de Telecomunicações, apresentando expectativas do que deve se desenrolar no cenário brasileiro e internacional e pautas prioritárias no futuro próximo.
OBJETIVOS E CONTEÚDOS DO WORKSHOP
O workshop faz um balanço de quais serão no futuro próximo, na opinião das painelistas,os principais desafios e acontecimentos na temática de segurança digital no âmbito internacional, sob a perspectiva de diferentes setores representados pelas expositoras da mesa e complementadas por ouvintes da sessão. Assim, será feita uma síntese compreensível para as pessoas participantes do Fórum da Internet no Brasil sobre discussões extremamente relevantes para o futuro da rede global, mas que aparece com menor frequência no cotidiano das pessoas. As expositoras abordarão diversos tópicos, como, em lista não exaustiva: (i) as instituições responsáveis e procedimentos de respostas a incidentes de segurança; (ii) o papel da União Internacional de Telecomunicações da ONU e o que estava envolvido na recente eleição de sua nova Secretária Geral; (iii) a relação entre o setor privado e os órgãos públicos em problemas cibernéticos de natureza internacional; (iv) os processos relacionados à cibersegurança em outros espaços da ONU (como a convenção sobre cibercrime) e de outros organismos intergovernamentais, como a Organização dos Estados Americanos; (v) a transferência internacional de dados sensíveis e o uso de ambientes em nuvem por instituições públicas e privadas.
RELEVÂNCIA DO TEMA PARA A GOVERNANÇA DA INTERNET
Os tópicos relacionados ao campo de segurança digital estão recebendo, nos últimos anos, crescente atenção tanto de leigos quanto de especialistas no campo da governança da Internet, reiteradamente pautados por razões diversas como a pandemia, as interferências em eleições e a extensão da guerra russo-ucraniana para o ambiente digital. O Brasil propôs que a segurança cibernética fosse prioridade em suas propostas apresentadas à Conferência de Plenipotenciários de 2022 (PP-22) da União Internacional de Telecomunicações, que terminou com a primeira mulher eleita para o cargo de Secretária Geral. A PP-22 reforçou de forma significativa a importância da problemática em nível internacional, indo muito além dos problemas de ataques cibernéticos na esfera empresarial, englobando inclusive argumentos de soberania digital e riscos de fragmentação da Internet. Tal discussão é particularmente importante na região da América Latina que, apesar das melhorias recentes, apresenta uma certa defasagem em termos de cibersegurança,encontrando na vulnerabilidade digital mais uma barreira para seu desenvolvimento econômico e social, tendo muito a se beneficiar de parcerias globais ou regionais para aprimoramento nesse campo. Mesmo para aqueles e aquelas do ecossistema de governança da Internet que não participam diretamente de discussões de relações internacionais, tendo em vista a transversalidade e o caráter transfronteiriço do mundo digital, o conhecimento sobre esses temas é tão fundamental quanto a compreensão sobre orientações de segurança digital individual.
FORMA DE ADEQUAÇÃO DA METODOLOGIA MULTISSETORIAL PROPOSTA
Cada integrante da mesa necessariamente abordará alguns dos temas que considera mais relevantes para o setor que representa, podendo ainda mencionar outros que considera prioritários para todos os setores. As expositoras apontarão como as pessoas de diferentes setores (sociedade civil, público, privado) podem contribuir com as discussões de segurança digital internacional. Após 5 minutos de exposição do tema e apresentação dos painelistas, a exposição inicial será de até 10 minutos cada, com 20 minutos de debate guiado pelas perguntas do público, considerações finais de até 10 minutos (com o tempo dividido entre todas painelistas), e 5 minutos de encerramento. Solicitaremos que as expositoras cataloguem links e materiais considerados mais relevantes para serem divulgados para todos os participantes do FIB após o workshop.
FORMAS DE ENGAJAMENTO DA AUDIÊNCIA PRESENCIAL E REMOTA
O painel terá primeiramente uma parte expositiva das painelistas, aproveitando suas experiências e conhecimento em suas respectivas abordagens. Na sequência, e tendo como principal objetivo gerar interesse no público sobre tópicos de segurança digital, o workshop terá a sessão de perguntas e respostas. As pautas abordadas na sessão são propositalmente escolhidas para instigar o máximo possível a audiência. Assim, 20 minutos da sessão serão reservados exclusivamente para perguntas e respostas, solicitando que sejam feitas de maneira direcionada às expositoras para maximizar o número de interações. A moderadora da mesa será responsável por ler perguntas enviadas pelo chat, e a ordem de perguntas será formada alternando blocos de duas ou quatro perguntas com metade delas sendo presencial e metade online, exceto se isso configurar desproporcionalidade na quantidade de interessados em perguntar em cada ambiente.
RESULTADOS PRETENDIDOS
O propósito principal deste workshop é a identificação de desafios dos próximos anos, inclusive de natureza regulatória, e difusão de pautas específicas de segurança digital internacional para o maior número possível de pessoas para gerar engajamento a curto e longo prazo, especialmente entre atores de setores diferentes da sociedade. O resultado principal pretendido é que mais participantes do ecossistema de governança da Internet brasileiro passem a estudar e trabalhar com os tópicos levantados (ou outros correlacionados) no painel, a fim de aumentar a contribuição do Brasil nesse campo, aumentando o nível de colaboração multisetorial. Isso é extremamente relevante na busca por uma posição nacional mais central nas relações internacionais, especialmente em espaços tradicionalmente ligados às discussões cibernéticas.
RELAÇÃO COM OS PRÍNCIPIOS DO DECÁLOGO
Funcionalidade, segurança e estabilidade
TEMAS DO WORKSHOP
PRIS – Ataques cibernéticos | PRIS – Cibersegurança e boas práticas | QJUR – Governança da Internet, Multissetorialismo e Jurisdição |
ASPECTOS DE DIVERSIDADE RELEVANTE
Gênero | Região |
COMO A PROPOSTA INTEGRARÁ OS ASPECTOS DE DIVERSIDADE
As expositoras da mesa serão todas mulheres, incluindo a participação de pessoas jovens, o que consideramos particularmente relevante na busca por uma maior equilíbrio de gênero no setor de segurança digital. Um dos principais objetivos nessa escolha é estimular, por meio de identificação, o interesse de mulheres na área de cibersegurança em sua faceta internacional, especialmente as que ainda são estudantes e vão escolher suas carreiras nos próximos anos. Buscou-se também, na medida do possível, ter participantes da mesa de todas as regiões do país, seja pela sua origem ou pelo atual local de trabalho.