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MULHERES NO CIBERESPAÇO: A VISIBILIDADE E A VIOLÊNCIA DE GÊNERO NA INTERNET

Parte I – Sobre proponente e co-proponente

  • Proponente

    Nome: Brisa Silva Bracchi

    Estado: Rio Grande do Norte

    Região: Nordeste

    Setor: Governamental

  • Co-proponente

    Nome: Mariana de Siqueira

    Estado: Rio Grande do Norte

    Região: Nordeste

    Setor: Empresarial

Parte II - Sobre o Workshop

  • Resumo do workshop

    Almejamos construir reflexões acerca de duas dinâmicas sociais distintas vividas por mulheres no ciberespaço. Uma delas diz respeito à violência de gênero no ambiente virtual e a outra se refere à visibilidade que pautas feministas passaram a ter por meio da amplificação do debate através, especialmente, das redes sociais. A discussão versará em torno de temas como discurso de ódio, bem como da construção da cidadania digital, envolvendo mulheres de diversos perfis, etnias e regiões.

    OBJETIVOS E CONTEÚDOS DO WORKSHOP

    Considerando que o Brasil é um país marcado pela prática cotidiana de diversos atos de violência contra mulheres e que a internet também tem sido espaço desse tipo de conduta agressora, tomando por base a expansão das redes virtuais no país e a crescente articulação feminista no ciberespaço, temos por objetivo: (i) refletir sobre um marco conceitual que envolve os debates de discurso/práticas de ódio, cidadania digital e a luta/fazer político das mulheres; (ii) promover a discussão sobre violência contra mulheres articulada com conceitos como direitos humanos, liberdade, cidadania digital e inclusão; (iii) analisar estratégias de resistência e de visibilidade das iniciativas, pautas e atividades das mulheres no ciberespaço.

    RELEVÂNCIA DO TEMA PARA A GOVERNANÇA DA INTERNET

    Segundo estudo realizado pela Hootsuite e We are Social (2020), 66% dos 212,4 milhões de brasileiras/os são ativas/os nas redes sociais. Os impactos causados pelas ações nas redes deixaram há tempos de serem sentidos só por suas/seus usuárias/os e afetam diretamente todo o conjunto da sociedade. A internet ao mesmo tempo viabiliza, por vezes amplificando, a reprodução da estrutura patriarcal do nosso mundo; bem como visibiliza um conjunto de saberes, práticas, eventos e artefatos produzidos por e em prol da autonomia das mulheres. Essas discussões são intrinsecamente ligadas ao debate da governança na internet, porque é urgente que fortaleçamos uma rede em prol da igualdade de gênero e do bem viver entre homens e mulheres. O FIB, particularmente nos últimos anos, tem se destacado na construção de uma tradição de valorização do trabalho das mulheres e no combate à violência machista. Acreditamos ser oportuno manter esse movimento e fortalecer a auto-organização de mulheres dentro da ciência e tecnologia, de modo mais específico, na internet.

    FORMA DE ADEQUAÇÃO DA METODOLOGIA MULTISSETORIAL PROPOSTA

    A metodologia será a de formação de mesa redonda composta pelas palestrantes, com a participação da moderadora e intervenção da relatora. À moderadora caberá o papel de condução dos debates, levantamento dos questionamentos de participantes e considerações iniciais e encerramento; e à relatora caberá a descrição de encaminhamentos identificados nas falas das palestrantes e público. O tempo total será de 1h30min, a priori, dividido da seguinte maneira: (i) 5 min para exposição inicial da moderadora; (ii) 32 min para exposição das palestrantes, consistindo em 8 min cada; (iii) 25 min para intervenções do público; (iv) 5 min de devolutiva para cada uma das palestrantes, totalizando 20 min; (v) 5 min para exposição da relatoria de encaminhamentos; (vi) 3 min encerramento pela moderadora.

    FORMAS DE ENGAJAMENTO DA AUDIÊNCIA PRESENCIAL E REMOTA

    O engajamento da audiência será dado em três momentos: (i) mobilização prévia nas redes sociais, de modo especial no Instagram e Twitter, das organizações e agentes sociais envolvidas com a repercussão de artes específicas de divulgação e a elaboração de uma hashtag própria para o Workshop no 13º FIB; (ii) disponibilização de cartelas presencialmente durante o Workshop para perguntas ou apontamentos, além do microfone, para quem gostaria de intervir, mas não se sente confortável em falar em público; (iii) repercussão de imagens e vídeos curtos com intervenções realizadas durante o Workshop para amplificar seu impacto, além de circulação do link do espaço, que a própria organização do FIB já disponibiliza.

    RESULTADOS PRETENDIDOS

    Com a realização do Workshop, buscamos por resultado que as pessoas participantes consigam compreender o conjunto de conceitos e discussões acerca da violência e visibilidade de gênero no ciberespaço e os temas que desdobram deles, à exemplo de discurso de ódio, cidadania digital, autonomia, feminismo, liberdade de expressão, auto-organização feminista. Também almejamos o fortalecimento da articulação e auto-organização das mulheres nos debates da Governança da Internet no Brasil.

    RELAÇÃO COM OS PRÍNCIPIOS DO DECÁLOGO

    Diversidade

    TEMAS DO WORKSHOP

    DINC – Gênero | ISCI – Cidadania digital | ISCI – Discurso de ódio |

    ASPECTOS DE DIVERSIDADE RELEVANTE

    Gênero | Cor ou raça | Região |

    COMO A PROPOSTA INTEGRARÁ OS ASPECTOS DE DIVERSIDADE

    Através da pluralidade de origens das agentes sociais envolvidas e do conjunto de debates acerca do combate ao discurso de ódio, da violência misógina e da visibilidade da luta e trabalho das mulheres, acreditamos que podemos fortalecer os aspectos de diversidade no evento. O cruzamento de outros marcadores, a partir da perspectiva da consubstancialidade, como raça/gênero, gênero/região também são elementos distintivos dessa proposta de Workshop, por entender que somente um marcador não dá conta da complexidade social do Brasil contemporâneo.