Como a Covid-19 vem afetando o trabalho remoto das mulheres nos diversos setores da sociedade brasileira



Parte I – Sobre proponente e co-proponente

Proponente

Nome:

Renata Viegas de Figueiredo

Estado:

Paraíba

Região:

Nordeste

Setor:

Comunidade Científica e Tecnológica

Organização:

Programa Meninas Digitais - Sociedade Brasileira de Computação

Co-proponente

Nome:

Fabíola Guerra Nakamura

Estado:

Amazonas

Região:

Norte

Setor:

Comunidade Científica e Tecnológica

Organização:

Universidade Federal do Amazonas

Parte II - Sobre o Workshop

Formato do workshop

Painel

Resumo do workshop

Este workshop tem como objetivo trazer uma reflexão e discussão sobre a desigualdade de gênero no trabalho remoto do Brasil durante a pandemia Covid-19, através de dados e relatos que mostram o impacto do trabalho remoto para as mulheres nos diversos setores da sociedade. Além disso, serão debatidas algumas ações que possam auxiliar as mulheres no trabalho remoto, bem como alguns caminhos para trazer as mulheres de volta à força de trabalho pós-pandemia.

Objetivos e conteúdos do workshop

O trabalho remoto é uma das principais transformações trazidas pela tecnologia e pela Internet, principalmente com o avanço de novas ferramentas e meios de comunicação. Com a pandemia Covid-19 e a necessidade de isolamento social, o trabalho remoto foi a principal opção de vários setores da sociedade brasileira e mundial. No entanto, o trabalho remoto e a pandemia intensificaram várias desigualdades sociais já existentes no Brasil, entre elas a desigualdade de gênero. Embora haja nos últimos anos um aumento da participação feminina na economia, as mulheres ainda têm mais probabilidade de assumir a maioria das responsabilidades domésticas e de cuidados, sendo assim as mais afetadas pelo trabalho não remunerado. A pandemia produziu impactos diferenciados para homens e mulheres em vários aspectos: trabalho de mulheres na linha de frente nos hospitais, aumento da carga de trabalho em casa, aumento de casos de violência doméstica, entre outros. O trabalho remoto para a mulher acarreta múltiplas jornadas de trabalho, podendo muitas vezes não ser mais flexível, fazendo com que a mulher seja a pessoa mais propensa a deixar o emprego em meio à crise. Várias pesquisas mostram que o trabalho remoto durante a pandemia foi eficaz para os trabalhadores, no entanto houve uma queda de produtividade especificamente nas mulheres. Nesse cenário, o workshop proposto tem como objetivo principal discutir como a pandemia Covid-19 tem afetado o trabalho remoto das mulheres nos diversos setores da sociedade brasileira. Para isso, os objetivos específicos desta proposta são: -Discutir o papel fundamental da Internet em meio à pandemia Covid-19, como ferramenta de diversidade e segregação no trabalho remoto; -Apresentar dados que mostrem o impacto do trabalho remoto para as mulheres; -Discutir meios que possam auxiliar as mulheres a enfrentarem as dificuldades de assumir várias jornadas de trabalho; -Debater alguns caminhos para trazer as mulheres de volta à força de trabalho pós-pandemia.

Relevância do tema para a Governança da Internet

O uso da Internet como ferramenta de trabalho é um tema que vem sendo bastante discutido com o avanço da pandemia Covid-19. A internet está promovendo e oportunizando o trabalho remoto para milhares de pessoas ao redor do mundo, pois hoje temos tecnologia e reivindicamos por acesso a ela. Assim, as oportunidades beneficiam e mantêm os empregos mas, por outro lado, podem gerar conflitos. É importante que as pessoas, independente de gênero, possam ter acesso ao trabalho remoto e usufruir dos mesmos privilégios que a Internet proporciona, sendo nesse caso condutora importante para o acesso aos direitos fundamentais. Nesse sentido, é uma preocupação do Programa Meninas Digitais, da Sociedade Brasileira de Computação, discutir como incluir as mulheres no mercado de trabalho remoto, para que não aconteça uma exclusão digital e para que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens de trabalharem e se adaptarem remotamente à uma nova rotina. Alinhada com os 10 princípios para a governança e o uso da Internet do Brasil, essa proposta, particularmente, tem relação direta com os princípios de Governança Democrática e Colaborativa, Universalidade, Diversidade e Inovação. O trabalho remoto deve ser um direito dos vários setores da sociedade, com universalidade e diversidade, para que haja uma contribuição de uma sociedade inclusiva e não discriminatória com diversidade. O trabalho remoto traz a inovação, pela evolução contínua que as ferramentas e tecnologias precisam ter, promovendo um maior uso da Internet como espaço de colaboração.

Forma de participação dos(as) palestrantes

A ideia do workshop proposto é que ele seja estruturado em duas partes. Assim, a primeira parte, a proposta é que cada convidada faça uma apresentação pessoal breve, apenas com nome e campo de atuação. Em seguida, a moderadora irá conduzir uma série de perguntas norteadoras sobre o tema, para que cada painelista opine sobre a pergunta voltada para o seu setor de atuação. Essa primeira parte terá duração máxima de 60 minutos A segunda parte será direcionada para a interação do público com as painelistas. Para isso, o público terá 30 minutos para fazer perguntas, comentários e/ou sugestões. Neste momento, a moderadora do workshop terá um papel fundamental para controlar o tempo, e caso não haja participação imediata do público, a moderadora deve atuar incentivando essa participação.

Engajamento da audiência presencial e remota

O workshop será amplamente divulgado nos setores envolvidos por meio das redes sociais das entidades organizadoras, lista de discussão, hashtags específicas para o acompanhamento do workshop, ferramentas de chat, etc. Além disso, serão usadas ferramentas online para a realização de pequenas consultas durante a apresentação, para que os dados dos espectadores sejam levantados e discutidos de maneira síncrona.

Resultados pretendidos

Com o workshop proposto tem-se a expectativa de alcançar a curto e longo prazo os seguintes resultados: -Identificar os principais desafios do trabalho remoto feminino; -Fornecer dados que mostrem o impacto da pandemia e do trabalho remoto feminino nos diversos setores da economia; -Traçar caminhos para que o trabalho remoto seja melhor aproveitado pelas mulheres no cumprimento de metas e de produtividade; -Mostrar oportunidades para que as mulheres possam atuar no trabalho remoto ou no trabalho híbrido pós pandemia.

Relação com os príncipios do Decálogo

Diversidade

Temas do workshop

Desafios da Internet e sociedade | Futuro do trabalho | Gênero

Aspectos de diversidade relevante

Gênero | Região

Como a proposta integrará os aspectos de diversidade

A proposta deste workshop atende ao critério de diversidade de gênero ao trazer para discussão as dificuldades que as mulheres podem enfrentar na adequação do trabalho remoto frente a uma pandemia, em um país que ainda tem o estigma de que os trabalhos domésticos devem ser realizados pelas mulheres. Este workshop também está preocupado na diversidade de região, visto que as painelistas convidadas para expor suas ideias são de diversas regiões geográficas do Brasil, mostrando a nossa preocupação que a discussão sobre gênero seja contextualizada.

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