(244) - Internet, tecnologia e o futuro do trabalho na economia digital

Internet, tecnologia e o futuro do trabalho na economia digital



Parte I – Sobre proponente e co-proponente

Proponente

2: Estado
SP
3: Cidade

São Paulo

5: Setor
Comunidade científica e tecnológica

Co-Proponente

7: Estado
SP
8: Cidade

São Paulo

10: Setor
Terceiro setor

Parte II - Sobre o Workshop

Formato do workshop

16:
Mesa redonda
19: Resumo do workshop

Busca-se pautar oportunidades e desafios em torno dos impactos da Internet, da inteligência artificial e da automação no mercado de trabalho dos mais diferentes setores na economia digital. Destaca-se a centralidade que a Internet assume ao redefinir noções de trabalho e emprego, impactando profissões existentes e novas formas de trabalho e geração de renda e, especialmente, como infraestrutura essencial em situações excepcionais, como vivenciado recentemente em função da pandemia de COVID-19.

20: Objetivos e conteúdos do workshop

De diferentes formas, a Internet se revela infraestrutura chave na criação e/ou adaptação de rotinas de trabalho. Este workshop pretende reunir representantes de diferentes setores para discutir a complexidade e importância desse processo, tendo como foco: 1) redefinição das noções de trabalho e emprego fomentada pela economia digital; 2) criação de novas profissões e relações empregatícias; 3) alterações nos métodos de seleção e recrutamento de profissionais, bem como no processo de busca de emprego; 4) demanda de habilidades e competências específicas; 5) extinção ou redução de postos de trabalho específicos; e 6) desafios regulatórios no que tange o futuro do trabalho em diferentes contextos.
O workshop também objetiva confrontar perspectivas e realidades distintas, a fim de criar um espaço de debate qualificado sobre os efeitos da pandemia da COVID-19 nessa agenda de discussão que já era relevante e, agora, se revela fundamental em um contexto de trabalho remoto e teletrabalho para profissões e profissionais formatados a uma outra dinâmica.
Dentre os objetivos específicos, destacam-se: 1) mobilizar uma aproximação entre a dimensão técnica e a social que a Internet e tecnologias relacionadas representam no que diz respeito à geração de renda para organizações e profissionais; e 2) chamar atenção para desafios éticos e jurídicos que marcam esse tema, tendo em vista que a Internet é amplamente vista tanto como uma fonte de novos empregos quanto como um catalisador para a inovação de novos negócios (OECD, 2008).
Por fim, espera-se que este debate alcance não apenas empregados e empregadores envolvidos nesse ecossistema, mas também atores governamentais, educadores e reguladores, de forma a embasar um debate crítico tendo em vista especificidades nacionais e regionais. Busca-se, igualmente, mapear questões desafiadoras e formas de superá-las, especialmente no que tange à regulação de atividades e profissões e garantias de direitos fundamentais.

21: Relevância do tema para a Governança da Internet

A ampliação do uso da Internet, aliada ao desenvolvimento de soluções baseadas em automação, robótica e IA estão, de forma rápida e profunda, mudando a natureza dos empregos, o perfil e rotina dos profissionais. Acompanhando as transformações em curso, a ponderação sobre oportunidades e desafios se faz ainda mais necessária. Empresas e modelos de negócio existentes adaptando e/ou oferecendo novos serviços pela Internet; iniciativas de empreendedorismo individual através de redes sociais; rediscussão sobre locais fixos e a difusão de espaços de trabalho compartilhados graças ao uso da Internet móvel e pontos de acesso sem fio cada vez mais difundidos são apenas alguns elementos de um sistema complexo em construção. Enquanto algumas funções e profissionais parecem ameaçados (e.g. bancários, operadores de telemarketing, corretor de imóveis), outras ganham destaque (e.g. gerente de loja virtual, treinador de robôs, produtores de conteúdo etc), como apontam estudos da Ernest&Young (2016), McKinsey (2017) e Delloite (2019). Outras profissões, por sua vez, veem na Internet outras formas de prestar seus serviços, como psicólogos oferecendo terapia online, professores freelancers, e até mesmo advogados. A Internet também tem um papel central para quem busca acesso ao mercado de trabalho, sendo crescente o uso nos processos de recrutamento e seleção, como ilustra o site de relacionamento profissional LinkedIn. Há ainda a utilização de software de seleção e recrutamento automatizado, baseado em análise de dados, comportamento e emoções. Contudo, efeitos ambíguos e ainda pouco explorados precisam ser endereçados, dentre eles: a extensão do trabalho na vida pessoal e as divisões entre 'trabalho' e 'não-trabalho'; o risco de as pessoas que não têm acesso à equipamentos ou habilidades necessárias se tornarem mais vulneráveis​, deixando mais patente a desigualdade social; questões de privacidade e segurança online, dentre outros (Eurofound and International Labour Office, 2017).

22: Forma de participação dos(as) palestrantes

Estruturado no formato de mesa redonda, o workshop será conduzido em torno de três perguntas centrais destinadas a todos(as) os(as) palestrantes: 1) Como a Internet se mostra uma oportunidade em termos de mercado de trabalho no seu setor?; 2) Como aspectos regulatórios e do próprio funcionamento da Internet impactam a criação de novas profissões baseadas na Internet e a adaptação de profissões já existentes?; 3) Na sua avaliação, a Internet (e tecnologias relacionadas) e futuro do trabalho serão sinônimos? Após breve abertura e introdução a ser feita pelo(a) moderador(a) para instigar o debate, cada palestrante terá, aproximadamente, 10 minutos para compartilhar sua perspectiva e experiência tendo em vista o setor que representa. Na sequência, serão reservados 30 minutos para perguntas e contribuições do público presencial e remoto e interação com os palestrantes, também sob responsabilidade do(a) moderador(a).

23: Engajamento da audiência presencial e remota

O engajamento com a audiência presencial e remota será prioridade e será tratada de forma indistinta durante o workshop. Serão reservados, aproximadamente, 30 minutos para perguntas, respostas e interações diversas após a exposição dos(as) palestrantes. A participação remota será intermediada pelo uso de redes sociais com hashtag dedicada e relacionada ao tema do workshop, além de ferramenta dedicada para perguntas se disponível no site oficial do evento. Caberá à moderadora facilitar essa dinâmica com o objetivo de criar a oportunidade para que o público presente e on-line interajam com o debate, compartilhando opiniões e perguntas. A depender da quantidade de questões, depois de cada bloco de duas ou três questões, os membros da mesa terão a oportunidade de comentar as questões levantadas. Também convidaremos os painelistas a divulgarem o evento nas suas redes a fim de potencializar o envolvimento e a audiência do workshop, bem como divulgaremos nos canais da FGV e do Global Shapers.

24: Resultados pretendidos

O crescimento do acesso e uso da Internet tem desempenhado um papel importante no intercâmbio de informações e transformações em torno do mercado de trabalho na economia digital. Espera-se que o encontro de representantes de diferentes setores mobilize uma discussão qualificada, que explore as diferentes facetas da questão, respaldada por casos e experiências reais no que diz respeito a oportunidades e desafios a serem superados tendo em vista arranjos alternativos de trabalho, flexibilidade, discussões sobre privacidade e inovação atreladas à Internet e ao futuro do trabalho. Espera-se, igualmente, ampliar o interesse público sobre o tema e contribuir com debates pré-existentes no âmbito regulatório e de políticas públicas, tendo em vista a velocidade das transformações, sobretudo diante de muitas incertezas e da urgência derivada da quarentena ocasionada pelo CODIV-19, que antecipou alguns prognósticos para os próximos anos.

25: Relação com os princípios do Decálogo
Ambiente legal e regulatério
26: Temas do workshop I
Futuro do trabalho
27: Temas do workshop II
Algoritmos, inteligência artificial e aprendizagem de máquina
28: Temas do workshop III
Desafios da Internet e sociedade
29: Outro

31: Explique como o workshop atende ao critério de diversidade especificado na Chamada

O workshop contará com participantes de diferentes regiões do país representando os setores governamental, comunidade científica e tecnológica, terceiro setor e empresarial, além de considerar diversidade de gênero, racial e de áreas de atuação, valorizando perspectivas e contextos distintos que podem contribuir com o debate. A mesa também contempla a inclusão de uma pessoa com deficiência visual.




Participantes

Palestrante: Felipe Rigoni

UF
ES
Organização
Câmara dos Deputados - Deputado Federal
Setor
Governamental
Mini biografia
Mestre em Políticas Públicas pela Universidade de Oxford. Eleito pelo Espírito Santo, tornou-se o primeiro cego deputado federal da história do Congresso. É cofundador do Movimento Acredito e líder do RenovaBR. Está envolvido nas principais pautas econômicas e sociais em discussão no Congresso.

Palestrante: Tatiane Neves Alves

UF
SP
Organização
IFood
Setor
Empresarial
Mini biografia
Advogada Corporativa com experiência em Startups, Fintechs, E-commerce e Meios de Pagamento. Responsável atualmente pela Gestão do Jurídico Contencioso do iFood (consumidor, cível e trabalhista).

Palestrante: Pedro Amaral

UF
PE
Organização
Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife (IP.rec)
Setor
Terceiro Setor
Mini biografia
Sociólogo com pesquisas nas áreas de segurança pública, tecnologia e trabalho. Pesquisador do Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife (IP.rec) e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas de Segurança Pública da Universidade Federal de Pernambuco (Neps-UFPE). Mestre em sociologia pela UFPE e bacharel em ciências sociais pela mesma instituição com dupla titulação na Alemanha.

Palestrante: Gláucio Bezerra Brandão

UF
RN
Organização
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Setor
Comunidade Científica e Tecnológica
Mini biografia
Ingressou na UFRN via Depto. de Engenharia da Computação (2006). Em 2016, migrou para a Escola de Ciências e Tecnologia, com o intuito de transformá-la em uma Escola de Negócios. Criador do Núcleo de Aplicação de Tecnologias Avançadas-NATA, primeira incubadora de base tecnológica da UFRN, hoje incubadora INOVA METRÓPOLE.

Moderador(a): Ana Paula Camelo

UF
SP
Organização
Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação - CEPI FGV Direito SP
Setor
Comunidade Científica e Tecnológica
Mini biografia
Pesquisadora Gestora de Projeto do Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação - CEPI FGV Direito SP. Doutora em Política Científica e Tecnológica e Mestre em Divulgação Científica e Cultural, ambos pela Unicamp. Atua com ensino, pesquisa, avaliação de projetos e atividades afins nas áreas: Análise de Políticas Públicas; Política de Ciência e Tecnologia (C&T); Inovação Responsável.

Relator(a): Ana Carolina Rodrigues

UF
SP
Organização
Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação - CEPI FGV Direito SP
Setor
Terceiro Setor
Mini biografia
Graduação em Direito pela USP. Alumni da V Escola de Governança da Internet do Nic.br. Youth Fellow da ISOC no LACIGF e no IGF (2018). Fellow do Mozilla Open Leaders (2019). Co-fundadora e co-organizadora do SP Legal Hackers. Membro da rede Global Shapers, do Fórum Econômico Mundial. Atualmente, é pesquisadora do Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação, da FGV Direito SP.