(190) - Caminhos contra o hiato digital: desafios pela igualdade racial nas TIC’S

Caminhos contra o hiato digital: desafios pela igualdade racial nas TIC’S



Parte I – Sobre proponente e co-proponente

Proponente

2: Estado
BA
3: Cidade

Salvador

5: Setor
Terceiro setor

Co-Proponente

7: Estado
DF
8: Cidade

Águas Claras

10: Setor
Comunidade científica e tecnológica

Parte II - Sobre o Workshop

Formato do workshop

16:
Mesa redonda
19: Resumo do workshop

A mesa propõe-se a reunir perspectivas de combate ao racismo e outras opressões interligadas nas TIC’s no Brasil. O desafio é debater a construção de estratégias contra as discriminações, do acesso à governança da Internet. Como podemos unir forças? Apostando na metodologia da roda de conversa, vivenciada nas manifestações culturais afrobrasileiras, a intenção é criar um ambiente de reflexão sobre os impactos do racismo na manutenção dos princípios da Internet livre, democrática e aberta.

20: Objetivos e conteúdos do workshop

O objetivo geral é acolher reflexões sobre os desafios pela manutenção da Internet livre, democrática e aberta relacionados às desigualdades que se acirram cada vez mais no contexto das TIC’s. A mesa redonda reúne debatedores qualificados que apresentam o panorama de demandas e iniciativas coletivas no combate ao racismo e outras formas de discriminação através da Internet. O conteúdo reúne levantamentos que evidenciam o racismo algorítmico, questões éticas na inserção de pessoas negras na comunidade técnica, acolhimento de demandas em políticas públicas e construção de modos coletivos de ação.
Objetivos específicos:
Destacar princípios da Sociedade da Informação por autonomia, emancipação, liberdade e democracia.
Explicar como o racismo se apresenta na área de TI no Brasil e contribui para o hiato digital.
Apresentar demandas pelos direitos digitais que atravessam a vida de grupos racialmente marginalizados.
Elaborar sugestões de estratégias a partir de estudos de caso pelo Brasil.

21: Relevância do tema para a Governança da Internet

A relevância está em retomar os princípios da sociedade da informação, estabelecidos na Cúpula Mundial da Sociedade de Informação (Genebra,2003) e reapropriados no NETMUNDIAL (Brasil, 2014), para os desafios que inauguram esta década. Questões sobre inteligência artificial, desinformação, conectividade, ética e diversidade apresentam-se como prioridades no desenvolvimento tecnológico mundial e atravessam regiões, comunidades e indivíduos de formas diversas.
No Brasil, para aqueles que são historicamente desumanizados frente às desigualdades raciais e outras opressões interligadas, há uma abismo que têm aprofundado o hiato digital, impedindo o exercício do pleno potencial do ser humano, como previsto nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ONU).
Por exemplo, segundo levantamento da Rede de Observatórios da Segurança, as prisões e abordagens com o uso de reconhecimento facial desde que começaram a ser implementados nas cidades brasileiras, em março de 2019, demonstra que 90,5% das pessoas presas porque foram flagradas pelas câmeras são negras. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), dos 1.683 engenheiros da computação formados em 2010, apenas 161, ou 9,5%, eram mulheres. No mesmo ano, apenas 14,8% dos 7.339 formados em ciências da computação eram programadoras.
Com uma parcela da população tão grande, vivendo sistematicamente em cenários de precariedade e de obstáculos para ocupar postos de decisão na nossa sociedade, os princípios da Internet são ameaçados quando as vozes dessas pessoas não ecoam em espaços de diálogo e decisão como o FIB. Com objetivo de construir pontes e apurar os sentidos para além dos pontos cegos do racismo e outras discriminações, alinhado com os preocupações sobre diversidade do próprio FIB, pretendemos fortalecer a promoção da cidadania pelas TIC’s, em geral, e pela Internet, em particular.

22: Forma de participação dos(as) palestrantes

A mesa redonda aposta na metodologia de roda de conversa, comum aos espaços de governança e impulsionada pelas culturas afro-brasileiras. A pergunta orientadora é: Quais os caminhos possíveis contra os impactos do racismo e outras discriminações na manutenção dos princípios da Internet livre, democrática e aberta? Apostamos numa metodologia ativa, e por questões de tempo, trabalharemos com a disposição das cadeiras e da mesa previstas pelo FIB. Abriremos a atividade com a apresentação da proposta (3 min), seguida da fala dos palestrantes (apresentação e explanação do tema - 10min X 4). Em seguida, abriremos para intervenções do público. Para gerenciar o tempo, abriremos para 4 intervenções de até 3 min, com ao menos 1 remota. Voltamos aos palestrantes, para réplica de até 7 min de cada um. Ao todo são previstos 83 min e reservados 7 min para o que ocorrer.

23: Engajamento da audiência presencial e remota

Presencialmente apostamos na metodologia ativa, pois compreendemos que a fala e a expressão de indivíduos que integram setores diversos precisa ser bem acolhida. Além disso, acreditamos que o posicionamento dos palestrantes e do público é necessário para a resolução de conflitos e construção de saberes. Neste sentido, respeitando a estrutura prévia do evento, montamos uma dinâmica de acolhimento as intervenções dos palestrantes e do público. Para contar com participações remotas pretendemos usar uma hashtag, previamente divulgada pelo Conexão Malunga em suas redes sociais e contatos com veículos midiáticos, com o intuito de colher perguntas e considerações.

24: Resultados pretendidos

A partir dos objetivos, da pergunta orientadora e metodologia da mesa redonda, pretendemos:
-Traçar compromissos pela autonomia, emancipação, liberdade e democracia para que o começo desta década na Sociedade de Informação não signifique aprofundamento do hiato digital.
- Desenvolver o senso crítico quanto aos temas quentes de governança em relação às questões raciais.
- Compartilhar estratégias e recolher sugestões de implementação de enfrentamento às discriminações.

25: Relação com os princípios do Decálogo
Governança Democrática e Colaborativa
26: Temas do workshop I
Ética e Internet
27: Temas do workshop II
Democracia
28: Temas do workshop III
Algoritmos, inteligência artificial e aprendizagem de máquina
29: Outro

Hiato digital

31: Explique como o workshop atende ao critério de diversidade especificado na Chamada

A mesa reúne agentes multiplicadores de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e o Distrito Federal. Protagonizado por mulheres (4/6), cis e trans, a mesa dialoga com os tensionamentos sobre gênero na TI. Os envolvidos são majoritariamente pessoas negras (5/6), de movimentos sociais às universidades, com 2 do terceiro setor, 1 do empresarial, 1 do governamental e 2 da comunidade científica.




Participantes

Palestrante: Ana Carolina Lima

UF
RJ
Organização
Escritório Romana & Lima - Advogadas Associadas
Setor
Empresarial
Mini biografia
Ana Carolina Lima, advogada, sócia do escritório Romana & Lima - Advogadas Associadas, Ouvidora da OAB RJ, membra efetiva da Comissão de Proteção de Dados e Privacidade da OAB RJ, membra da Frente de Juristas Negras e Negros do Rio de Janeiro, membra da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia.

Palestrante: Mariana Gomes

UF
BA
Organização
Conexão Malunga
Setor
Terceiro Setor
Mini biografia
Jornalista em formação pela Universidade Federal da Bahia e co-criadora da Conexão Malunga, plataforma de discussão sobre uso das TIC's para autonomia. Liderança apoiada pelo Programa de Aceleração do Desenvolvimento Marielle Franco (Fundo Baobá para Equidade Racial), tem interesse nas pesquisas de governança da Internet e ciberativismo.(Centro de Pesquisa em Análise de Discurso da FACOM/UFBA).

Palestrante: Clara Marinho

UF
DF
Organização
Ministério da Economia
Setor
Governamental
Mini biografia
Servidora pública federal com experiência no suporte e na gestão de políticas públicas de educação, saúde, direitos humanos, promoção da igualdade racial, segurança alimentar e nutricional e economia solidária.
Mestre em desenvolvimento econômico pela Unicamp e administradora pela Ufba. Participante da coletiva @negrasquemovem.

Palestrante: Tarcízio Silva

UF
SP
Organização
Universidade Federal do ABC
Setor
Comunidade Científica e Tecnológica
Mini biografia
Mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela UFBA. Pesquisa racismo algorítmico como doutorando na Universidade Federal do ABC. Co-fundador de agências de comunicação e pesquisa (PaperCliQ, IBPAD), atualmente desenvolve a Desvelar, consultoria de conhecimento. Lançou recentemente o livro "Comunidades, Algoritmos e Ativismos Digitais: olhares afrodiaspóricos" (LiteraRUA: 2020).

Moderador(a): Glenda Dantas

UF
BA
Organização
Conexão Malunga
Setor
Terceiro Setor
Mini biografia
Jornalista em formação pela Universidade Federal da Bahia, Guia de Turismo Regional pelo Instituto Federal da Bahia e co-criadora da Conexão Malunga, plataforma de discussão sobre uso das TIC's para autonomia. Pesquisa sobre Mídias Sociais Digitais e Democratização do acesso às TIC’s. Atua na assessoria de comunicação do Programa Corra pro Abraço (SJDHDS/BA).

Relator(a): João Pedro Succi Candido

UF
DF
Organização
Laboratório de Políticas Públicas e Internet (LAPIN)
Setor
Comunidade Científica e Tecnológica
Mini biografia
Estudante de Direito na Universidade de Brasília, integra o Laboratório de Políticas Públicas e Internet (LAPIN).