(176) - Aspectos internacionais para a Estratégia Brasileira de IA

Aspectos internacionais para a Estratégia Brasileira de IA



Parte I – Sobre proponente e co-proponente

Proponente

2: Estado
SP
3: Cidade

São Paulo

5: Setor
Terceiro setor

Co-Proponente

7: Estado
PR
8: Cidade

Curitiba

10: Setor
Comunidade científica e tecnológica

Parte II - Sobre o Workshop

Formato do workshop

16:
Debate
19: Resumo do workshop

Este workshop pretende contribuir para a discussão sobre os aspectos internacionais de uma Estratégia Brasileira de IA, buscando traçar prioridades, consensos e eixos de articulação, sobretudo, com os demais países da América Latina.

20: Objetivos e conteúdos do workshop

Essa proposta de workshop é resultado de contribuições à consulta pública sobre a Estratégia Brasileira de IA, lançada, no início de 2020, pelo MCTIC (http://participa.br/profile/estrategia-brasileira-de-inteligencia-artificial). Espera-se, por meio dele, aprofundar questões relacionadas aos aspectos internacionais dessa Estratégia, traçando quais seriam as prioridades, consensos e eixos de articulação internacional, com foco, sobretudo, na integração regional com países da América Latina.

Sem que se tenha a pretensão de esgotar o assunto, trabalha-se com os seguintes objetivos:

(i) Debater o que já está sedimentado (i.e., cooperações já consolidadas) em termos de política brasileira de cooperação internacional em matéria digital;

(ii) Analisar o que está sendo feito por outros países/blocos econômicos em relação à articulação/cooperação internacional e o que poderia servir de modelo para a Estratégia Brasileira;

(iii) Analisar a necessidade de uma articulação latino-americana em torno dos esforços envolvendo a IA, analisando e sistematizando quais são os desafios em comum (apesar das disparidades), quais serão os prováveis impactos sócio-econômicos compartilhados (sobretudo, no âmbito da nova ordem internacional do trabalho), e quais seriam as oportunidades decorrentes de uma articulação regional;

(iv) Avaliar novos arranjos para uma articulação regional (à nível LATAM), percorrendo questões como a possibilidade de aproveitamento das estruturas já existentes ou a criação de um novo organismo para esse propósito específico, discutindo a importância de um eventual arranjo multissetorial para esse fim; e

(v) Discutir os desafios e possibilidades de condução das pautas concernentes a essa agenda à nível de Governo e da Governança da Internet, dentre outros.

21: Relevância do tema para a Governança da Internet

Vários países desenvolveram estratégias para a Inteligência Artificial nos últimos anos com vistas a assumir a liderança dessa tecnologia e, consequentemente, posicionarem-se como líderes de uma economia em acelerada transformação. Não se deve ignorar essa “corrida”, sobretudo se considerarmos que a governança da Internet deve promover a contínua evolução e ampla difusão de novas tecnologias e modelos de uso e acesso. Além disso, os potenciais impactos socioeconômicos gerados pela aplicação da IA sobre os diferentes setores da sociedade também devem ser levados em consideração.

Contudo, apesar dessa “corrida”, o Brasil deve se guiar por uma lógica internacional cooperativa e não meramente “competitiva”, reforçando seu compromisso pelo desenvolvimento de um futuro digital que busque o respeito aos direitos humanos, reconhecendo-os como fundamentais para a preservação de uma sociedade justa e democrática, tal como preceituam os princípios para governança e uso da Internet.

Outro aspecto importante é a integração regional. Ainda que o Brasil venha a se tornar membro da OCDE, é primordial que ele desenvolva políticas de cooperação com os países com os quais compartilha os mesmos desafios nos campos sócio-produtivo-científico-tecnológico. As posições de Europa, China e EUA nessa “corrida” são muito distintas das posições ocupadas pelo Brasil e demais países latino-americanos, onde há enorme carência de infraestrutura e mesmo de acesso à internet.

Além dos desafios, a tendência é que os impactos da IA (sobretudo, socioeconômicos) sejam sentidos de forma semelhante na região. Diante disso, uma estratégia regional entre países da América Latina é imprescindível, buscando-se congregar esforços para investimentos em infraestrutura, pesquisa, educação e no desenvolvimento de um ecossistema produtivo/comercial voltado à empregabilidade e ao consumo doméstico regional.

22: Forma de participação dos(as) palestrantes

Após breve introdução, cada palestrante terá ~10 min de fala. Na sequência, serão reservados 25 min p/ perguntas e contribuições do público presencial e remoto, c/ posterior fechamento. Alinharemos previamente c/ os debatedores os objetivos da mesa, bem como quais conteúdos espera-se que sejam abordados. Dentre as questões p/orientar seus apontamentos, sugerem-se:1.Como avalia a política de cooperação internacional, em matéria digital (c/ foco em IA), atualmente praticada pelo BR? Houve avanços ou retrocessos? Quais são os desafios e perspectivas futuras?; 2.Como avalia a Estratégia BR de IA que está sendo elaborada pelo MCTIC? Que tipo de contribuições acha que o seu setor pode oferecer a ela?; 3.Quais deveriam ser as prioridades e os eixos de articulação de uma política internacional e regional em torno de uma Estratégia de IA?; e 4.Como avalia os arranjos institucionais existentes p/ esse fim? Como eles dialogam? Seria necessário criar novos arranjos? Qual seria o melhor modelo?

23: Engajamento da audiência presencial e remota

Antes do fórum serão compartilhadas nas redes sociais das organizações dos proponentes chamada para o workshop, antecipando tópicos que serão debatidas e convidando a audiência para enviar questões usando a hashtag #EstratégiaIA e #Forumbr. Durante o workshop, pretende-se aproveitar as redes sociais das entidades proponentes para promover o debate e a interação online, também utilizando a mesma hashtag. As questões enviadas anteriormente ao debate poderão ser incluídas no rol de questões a serem debatidas pelos palestrantes. Nos últimos 25 minutos do workshop, busca-se garantir que as participações da audiência remota e presencial sejam tratadas de forma indiscriminada, e que as contribuições remotas sejam tão presentes quanto as presenciais uma vez que estas serão coletadas de forma alternada durante o período destinado a intervenções e perguntas.

24: Resultados pretendidos

Espera-se: 1)Contribuir p/ o debate em torno da Estratégia BR de IA, reforçando seu compromisso c/ os princípios da GI; 2)Aprofundar o debate em torno dos aspectos internacionais da Estratégia, buscando-se traçar prioridades, consensos e eixos de articulação, sobretudo, c/ os demais países da América Latina; 3)Fazer um balanço s/ a política de cooperação internacional do Brasil em matéria digital, c/ foco em IA; e 4)Ampliar o debate da GI sobre o tema, analisando os potenciais impactos socioeconômicos da IA a nível nacional e regional, bem como avançando p/ a discussão s/ arranjos institucionais p/ uma melhor governança. Caso o evento venha a ser adiado para o 1º semestre/2021, seu tema se mostrará ainda bastante oportuno, pois irá anteceder o LACIGF 2021, possibilitando que o debate seja estendido p/ a comunidade latino-americana. Além disso, pretende-se publicar um relatório s/ o debate no TopLink do WEF, buscando-se, assim, alcançar outros interlocutores e possíveis policy-makers.

25: Relação com os princípios do Decálogo
Governança Democrática e Colaborativa
26: Temas do workshop I
Algoritmos, inteligência artificial e aprendizagem de máquina
27: Temas do workshop II
Questões legais e regulatórias
28: Temas do workshop III
Cooperação internacional
29: Outro

Inovação

31: Explique como o workshop atende ao critério de diversidade especificado na Chamada

Além da diversidade setorial, os palestrantes vêm de 3 regiões distintas (CO, NE e SE) e estão distribuídos com paridade de gênero. Optamos por incluir entre os palestrantes uma jovem profissional, a fim de dar espaço para novas vozes e perspectivas na comunidade. A moderação e a relatoria também contemplam jovens profissionais (uma mulher e um homem), oriundos de diferentes Estados/Regiões.




Participantes

Palestrante: Mariana Canto

UF
PE
Organização
Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife - IP.rec
Setor
Terceiro Setor
Mini biografia
Pesquisadora do Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife – IP.rec e integrante do Youth Observatory. Formada em Direito pela UFPE. Possui publicações acerca da aplicação do pensamento decolonial no cenário regulatório da tecnologia como ferramenta de emancipação do desenvolvimento tecnológico da região latino-americana e diminuição de assimetrias de poder internacionais.

Palestrante: Fábio Rua

UF
SP
Organização
IBM América Latina
Setor
Empresarial
Mini biografia
Diretor de Rel.Gov. e Assuntos Regulatórios da IBM LATAM, tendo como missão contribuir para a transformação digital e adoção tecnológica dos governos e da sociedade latino-americana. É graduado em RI, pós-grad. em Diplomacia Econômica e mestre em Gestão de Negócios Internacionais. É cofundador do Movimento "Brasil, País Digital", que se dedica à construção de um país mais digital e menos desigual.

Palestrante: Cláudio Lucena

UF
PB
Organização
Universidade Estadual da Paraíba - UEPB
Setor
Comunidade Científica e Tecnológica
Mini biografia
Professor da Faculdade de Direito da UFPB e pesquisador da Fundação para a Ciência e a Tecnologia do Governo Português, afiliado ao Research Center for the Future of Law da Universidade Católica Portuguesa. Membro do Grupo de Pesquisa em Inteligência Artificial e Inclusão do ITS Rio, e Membro da Comissão Especial de Estudos Permanentes sobre Compliance do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do

Palestrante: José Gontijo

UF
DF
Organização
Diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação Digital - MCTIC
Setor
Governamental
Mini biografia
Atualmente, é Diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação Digital na Secretaria de Empreendedorismo e Inovação - SEMPI. , sendo responsável por subsidiar a formulação de políticas, diretrizes, objetivos e metas relativos à inovação digital, à pesquisa científica e ao desenvolvimento industrial e tecnológico do setor de tecnologias da inf

Moderador(a): Ana Carolina Rodrigues

UF
SP
Organização
Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação - CEPI FGV Direito SP
Setor
Terceiro Setor
Mini biografia
Graduação em Direito pela USP. Alumni da V Escola de Governança da Internet do Nic.br. Youth Fellow da ISOC no LACIGF e no IGF (2018). Fellow do Mozilla Open Leaders (2019). Co-fundadora e co-organizadora do SP Legal Hackers. Membro da rede Global Shapers, do Fórum Econômico Mundial. Atualmente, é pesquisadora do Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação (CEPI) da FGV Direito SP.

Relator(a): Guilherme Alves da Silva

UF
PR
Organização
PPG Tecnologia e Sociedade - UTFPR
Setor
Comunidade Científica e Tecnológica
Mini biografia
Mestre em Tecnologia e Sociedade (UTFPR) e bacharel em Comunicação Social - Jornalismo (UERJ). Ex-membro do Conselho Diretor do Youth Observatory - SIG Youth da ISOC (2018-2020). Atuou como facilitador do Program Youth Brasil em 2019. Ex-NRI Leaders Fellow (LACNIC, 2019), ex-Youth IGF Fellow (2016, 2017) e alumni da IV EGI (2017). Pesquisa inclusão digital e políticas de telecomunicações.